Mosteiro

Zulmira Martins

A confeção dos Barquilheres, na localidade do Mosteiro, já se encontra na terceira geração. Teve início com a Mariquinhas, doceira que dedicou toda a sua vida à feitura de doces tradicionais, doces e cavacas, para vender em festas e romarias. Pela Páscoa, confecionava o pão de ló.

Os Barquilheres eram pouco conhecidos, pois só entravam na mesa dos ricos, feitos por encomenda. Esta transmitiu o saber à sua enteada, Fernanda, que deu continuidade a esta atividade. Com o decorrer dos tempos, a venda e compra expandiram-se, um pouco mais, na localidade. A sua filha Zulmira, aprendendo com ela, dedicou-se apenas à feitura dos Barquilheres, mantendo a sua tradição.

Numa lareira tradicional com brasas, e com o auxílio de um ferro que será posto sobre essas brasas, é depositada a massa extremamente fina, para que se possa proceder à sua cozedura. Uma vez cozida a massa, é enrolada, para lhe dar forma. O trabalho requere destreza e agilidade.

Tendo aumentado a procura, hoje, são conhecidos e saboreados não só a nível local, como noutras terras e por pessoas que nos visitam. Para que permaneçam estaladiços, são colocados em latas de folha bem fechadas.

No “Restaurante Pancada”, enquadrado no turismo, todos os dias, entram na sobremesa, acompanhados com compotas caseiras.

Com esta grande divulgação, a nível da gastronomia, os Barquilheres são a nossa identidade.

Autor do texto: Graça Veloso